Mário Tendinha
Sobre nós
MÁRIO TENDINHA
Nascido em Maio de 1950, na cidade do Namibe, Angola.
Oriundo de uma família de algarvios e do norte de África, que chega ao Namibe em 1890, hoje na sexta geração de Angolanos, sempre teve o mar, as pescas, o deserto, o povo cuvale, como referências naturais marcantes na sua vida.
Começa a desenhar e a pintar aos 18 anos, muito influenciado pelas correntes modernas da época, a música pop, os hippies e os movimentos sociais.
O surrealismo marca desde logo e para sempre o seu trabalho, ao tomar contacto com as obras dos grandes mestres, Picasso, Dali, Miró, Ernst, Klee e tantos outros.
A banda desenhada, uma das suas paixões desde a infância, deixa marcas no seu trabalho inicial, que se traduz pelas técnicas e suportes então utilizados, o papel, o guache e aguarela, a tinta da china.
Já no Bié e casado, onde estava a cumprir o servico militar, desenvolve uma grande produção e prepara a sua primeira exposição individual que se realiza no Huambo, na Biblioteca Municipal, em 1972.
Depois, novos trabalhos e exposições, no CITA em Luanda no ano de 1973 e sobretudo a sua ligação e participação activa na fundação da Oficina d’Arte, no Lubango, em conjunto com outros artistas locais, que culmina com uma grande exposição colectiva que reune obras de artistas de todo o país em 1974, na cidade do Lubango.
Depois da invasão sul africana, em 1975 e a sua casa e estúdio no Lubango, terem sido completamente vandalizados, deixou de pintar.
Esteve ligado ao movimento sindical angolano, militou no MPLA, e foi gestor de empresas, funções que ainda hoje exerce.
Apenas em 2003, depois de 25 anos sem pintar, para além de uns “bonecos” que ia fazendo esporádicamente, depois de 28 anos sem expor, volta a mostrar o seu trabalho ao público na Galeria CENARIUS, na exposição “Lá para o sul...”, para no ano seguinte, 2004, apresentar-se novamente e pela primeira vez no exterior do país, em Portugal, na Casa das Artes de Famalicão, com “Partilhar I”. Ainda em 2004, no Centro Cultural Português do Instituto Camões em Luanda, com a mostra “Partilhar II”
Em 2007 apresenta-se novamente em Luanda com uma mostra de desenhos a tinta da china, “RISKUSS”, na Galeria Celamar.
Em conjunto com dois artistas angolanos, a Coreógrafa Ana Clara Guerra Marques e o Fotógrafo José “Tonspi” Pinto, apresenta ao público em Agosto/08 na Estufa Municipal no Namibe e em Setembro/08 no SIEXPO em Luanda, uma nova exposição, a “ORATURA dos Ogros e do Fantástico”
O último projecto, Desenho e Instalação, denominado “NGOLA MIRRORS”, foi apresentado ao público dia 1 de Outubro de 2009, no Centro Cultural do Instituto Camões em Luanda.
Como autoditacta, tem frequentado ateliers e workshops na Ar.Co em Lisboa e Almada e na Cooperativa Árvore no Porto.
Exposições Individuais
1972 – Biblioteca Municipal – Huambo – Angola
1973 – CITA – Luanda – Angola
2003 – “...lá para o Sul” – Galeria Cenarius – Luanda – Angola
2004 – “Partilhar” (I) – Casa das Artes – Famalicão – Portugal
2004 – “Partilhar” (II) – Centro Cultural do Instituto Camões – Luanda – Angola
2007 – “Riskuss” – Galeria Celamar – Luanda – Angola
2008 – “ORATURA...dos Ogros e do Fantástico”- Estufa Municipal – Namibe – Angola
2008 – “ORATURA...dos Ogros e do Fantástico”- SIEXPO – Museu Nacional de
História Natural – Luanda – Angola
2009 – “NGOLA mirrors” Centro Cultural do Instituto Camões – Luanda – Angola
Exposições Colectivas
1974 – Oficina d’Arte – Lubango – Angola
Cenografia
2009 - Reprodução em tamanho original dos quadros da exposição da "Oratura dos Ogros e do Fantástico" para o espetáculo dos "Ogros" do BAIArte 09 - SIEXPO - Museu Nacional de História Natural - Luanda - Angola
Workshops
2004 – Ar.Co. – Lisboa – Workshop de Desenho e Pintura
2005 – Ar.Co. – Almada – Workshop de Gravura
2007 – Coop. Arvore – Porto – Atelier de Litografia